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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A expectativa do placebo.






Placebo é definido na medicina como droga ou intervenção que não tem efeito direto em doenças. É a simulação de um remédio - como pílulas de açúcar, por exemplo. Desde a metade do século 20, médicos e pesquisadores recorrem a ele em testes de drogas e tratamentos. Se os remédios tiverem resultados melhores do que o placebo, sinal de que a pesquisa é promissora.

Uma nova leva de
estudos, no entanto, tem mostrado que o placebo não serve só para pesquisas de medicamentos - também pode ter efeito significativo sobre as doenças. Um exemplo: pacientes com a síndrome do intestino irritável, doença que leva à inflamação do intestino, melhoraram com acupuntura placebo (agulhas falsas que não perfuram a pele). E o índice de melhora variou de acordo com a atenção que os pacientes receberam do médico - quem ganhou mais melhorou mais. Há até casos de cirurgia em que o placebo funcionou. Em outro estudo, pacientes com artrose que passaram por uma operação placebo (com pequenas incisões, mas sem ação médica) tiveram os mesmos resultados que pacientes que passaram por uma operação real.

É verdade que a melhora pode estar relacionada à evolução natural das doenças. Mas existem teorias que explicam a influência do
placebo. Quando alguém toma uma pílula de açúcar acreditando que aquilo é remédio, surge a expectativa de melhora. Mudanças na área do cérebro que processa as emoções podem influenciar outros processos do corpo, como o nível dos hormônios, o sistema imunológico e o sistema nervoso periférico. Ou seja: a expectativa de melhora pode mudar a percepção de dor, aliviar uma inflamação de pele ou reduzir o tremor causado por mal de Parkinson.

Existe um fenômeno que ajuda a entender isso: o fenômeno da atenção seletiva. Em guerras, soldados feridos só começam a sentir a
dor de um membro dilacerado quando a batalha acaba, porque a atenção antes estava toda concentrada no conflito. É por isso que tomar o placebo pode ajudar um paciente: a expectativa de melhora desviaria a atenção de dores e emoções negativas. É uma forma de trocar a rede de neurônios em atividade, daquela associada a doenças para aquela associada ao bem-estar. O que dá força a essa teoria é a comprovação recente de que o efeito placebo desaparece sempre que é bloqueada a atividade do córtex pré-frontal - uma área que pode ser descrita como coordenadora do cérebro, por controlar nossa cognição, emoção e ação.

Se uma
pílula de açúcar ou uma agulha falsa não fazem mal e têm efeitos tão poderosos, por que não prescrever placebos? A principal barreira é ética: se o médico disser ao paciente que vai prescrever placebo, o tratamento não funciona. O que já dá para explorar é a ação do médico. Se o tratamento for dado com mais atenção e orientação, maior será o efeito. E, no futuro, poderemos usar as pesquisas com placebo para aproveitar o efeito terapêutico da expectativa de melhora.

Vício: MULHERES X HOMENS



Em uma pesquisa da Universidade da Califórnia (EUA), ratinhos foram treinados para pressionar duas alavancas: uma para ganhar doces e outra para receber uma pequena dose de cocaína. Então, foram liberados para escolher à vontade entre ambas as ofertas. Segundo o líder do estudo, Kerry Kerstetter – que apresentou o trabalho na Neuroscience 2010 (um congresso anual do pessoal da neurociência, que aconteceu na semana passada lá mesmo na Califórnia) –, as fêmeas pressionaram a alavanca da cocaína “significativamente” mais vezes do que os machos, que escolheram “principalmente” os doces. Quando os pesquisadores dobraram a dose de cocaína disponível, entretanto, ambos os sexos passaram a ir para cima da droga. “Mas as fêmeas ainda preferiram a cocaína mais do que os machos”, contou Kerstetter.
Se isso indica que a mulher tem uma tendência natural maior ao vício? Parece que sim. “Estudos sobre a dependência de cocaína nos humanos mostram que as mulheres se viciam mais rápido do que os homens, e também que aguentam períodos menores sem a droga“, aponta o pesquisador. Os ratinhos não mentem: “tudo indica que o sexo feminino é mais propenso do que o masculino a sacrificar até a comida por pequenas doses de cocaína“.

Pra onde vai a gordura quando você emagrece?




Na ficção, o Hulk pode crescer e encolher do nada. No mundo real, onde os átomos da matéria são sempre os mesmos, o doutor Bruce Banner teria que comer uma vaca para virar gigante verde - e perder essa vaca para voltar a ser franzino. Por onde sai então a matéria que constitui a gordura? Se você pensou no "número 2" do banheiro, passou longe. A maior parte da gordura sai na forma de água e gás carbônico.

O principal combustível do organismo é a
glicose, um tipo de açúcar. Apenas quando falta glicose no sangue é que a gordura é usada. Mas não diretamente: ela é triturada em partes de oxigênio, carbono e hidrogênio. O oxigênio é queimado e vira energia, em um processo que tem dois subprodutos: CO2,que sai pelos pulmões, e água, eliminada no suor e na urina. É por isso que quem emagrece rápido costuma fazer tanto xixi. E é por isso que os exercícios aeróbicos, que fazem você respirar mais rápido, são aqueles que fazem você perder mais peso.
Sai desse corpo
Como a gordura é quebrada, queimada e expelida

1. Sem glicose, vem gordura
O combustível titular do corpo é a glicose. Quando ela acaba, as células de gordura liberam seu conteúdo, os triglicérides, que contêm oxigênio, hidrogênio e carbono.

2. Por partes
Os triglicérides precisam ser transformados para passar pela membrana das células. Por diversas reações complexas, eles viram ATP, o combustível das células.

3. Ventilação
Falta ainda um elemento da equação: o ATP só vira energia quando recebe um banho de oxigênio. Esse oxigênio vem da respiração, através dos glóbulos vermelhos.

4. Na fogueira
O ATP é queimado (para usar um termo mais técnico, "oxidado") e se transforma na energia que o organismo estava pedindo. Essa queima tem dois subprodutos: água e gás carbônico.

5. Sobra água
A água que sobra tem de sair. Quem faz dieta sem exercício pode aumentar a frequência dos xixis, mas quem comparece à esteira perde essa água pelo suor.

6. Sobra gás
O carbono que sobra se junta ao oxigênio e vira CO2, que retorna aos glóbulos vermelhos e vai parar nos pulmões, e dali é expelido pela respiração.


Fonte Marcio Mancini, presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

QUÍMICA: MESMO QUE IMPERCEPTÍVEL ESTÁ PRESENTE EM NOSSO DIA-A-DIA

                                         

A química esta presente 24 horas por dia. Talvez nunca paramos para pensar que a química esta relacionada com quase tudo que temos contato no dia-a-dia. Se pararmos para refletir quem descobriu o raios-X? A aspirina? Ou ate mesmo quem criou o primeiro plástico sintético?  Ela está presente em praticamente todos os produtos que utilizamos no dia-a-dia. Do sofisticado computador à singela caneta esferográfica, do possante automóvel ao carrinho de brinquedo. A química está presente em todos os seres vivos. O corpo humano, por exemplo, é uma grande usina química. Reações químicas ocorrem a cada segundo para que o ser humano possa continuar vivo. Quando não há mais química, não há mais vida. A química foi se tornando mais e mais importante até ter uma presença tão grande em nosso dia-a-dia, que nós nem nos damos mais conta do que é ou não é química.

§     Os produtos químicos mais comuns que lidamos em nosso dia-a-dia  sem ter a noção que estamos em contato:
MATERIAL           -    Água oxigenada
NOME QUÍMICO -    Solução aquosa de peróxido de hidrogénio
UTILIZADO          -     Descolorir cabelos; limpar superfícies de banheiros e cozinhas; serve para o desenvolvimento de produtos por farmacêuticos e Industrias de desinfetantes, domésticos e hospitalares.

MATERIAL           -    Aliança
NOME QUÍMICO -    Ouro
UTILIZADO          -    Confecções de jóias e semi-joias.


MATERIAL           -    Aspirina
NOME QUÍMICO -    Ácido acetilsalicílico
UTILIZADO          -    Analgético e antitérmico.

MATERIAL           -    Bolas de naftalina
NOME QUÍMICO -    Naftaleno
UTILIZADO          -    Os vapores de naftalina servem para espantar traças, baratas e outros insetos do ambiente onde são depositadas e  tirar cheiro de roupas.
MATERIAL           -    Fios eléctricos
NOME QUÍMICO -    Cobre
UTILIZADO          -    Um dos metais mais importantes industrialmente, utilizado para a produção de materiais condutores de eletricidade (fios e cabos) e em ligas metálicas como latão e bronze.

MATERIAL           -    Lixívia
NOME QUÍMICO -    Solução aquosa de hipoclorito de sódio
UTILIZADO          -    Para remover restos de tintas e vernizes. limpar fornos, tabuleiros, e outras áreas da cozinha onde a gordura é constante.

MATERIAL           -    Soda cáustica
NOME QUÍMICO -    Hidróxido de sódio
UTILIZADO          -    Usado na indústria (principalmente como uma base química) na fabricação de papel, tecidos e detergentes e  desobstrução de encanamentos.

MATERIAL           -    Termómetro
NOME QUÍMICO -    Mercúrio
UTILIZADO          -    Aparelho usado para medir a temperatura ou as variações de temperatura.
                   

A pele é o maior e mais poderoso órgão do ser humano, funcionando como uma barreira protetora contra a entrada de microorganismos patogênicos. Sobre a mesma nós passamos o sabonete, creme hidratante, desodorante, perfume, shampoo, condicionador, óleos diversos, protetor solar, cera depilatória. É só prestar atenção. Nosso cotidiano seria realmente muito mais difícil sem a química. É para ajudar o homem a ter mais saúde, mais conforto, mais lazer e mais segurança que a química investe dia-a-dia, em processos seguros e no desenvolvimento de novos produtos. O que sabemos, no entanto, é que, sem a química, a civilização não teria atingido o atual estágio científico e tecnológico que permite ao homem sondar as fronteiras do universo, deslocar-se à velocidade do som, produzir alimentos em pleno deserto, tornar potável a água do mar, desenvolver medicamentos para doenças antes consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo acesso era restrito a poucos privilegiados. Tudo isso porque QUÍMICA É VIDA.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Medicamento experimental americano é capaz de reduzir o LDL e aumentor o HDL.



Cientistas de um laboratório americano de pesquisas farmacêuticas (Merck) obtiveram resultados promissores em um teste clínico com um medicamento experimental - o Anacetrapib - que deve combater os maus níves de colesterol.

O teste contou com 1623 pacientes que sofriam de alguma mal coroniano e o seu resultado foi divulgado no dia 17 de Novembro de 2010 na revista médica New England Journal of Medicine. O resultado demonstrou que, após 24 semanas, os pacientes que se trataram com o medicamento obtiveram uma taxa de redução do mau colesterol (LDL) em torno de 40%; enquanto que os pacientes do grupo de controle - aqueles que ingeriram algum tipo de placebo - obtiveram apenas 6% dessa mesma taxa. Além disso, o bom colesterol (HDL) teve um aumento em seu nível em cerca de 138% nos pacientes que ingeriram o Anacetrapib.

O laboratório divulgou uma nota que dizia que os resultados positivos foram de fundamental importância na escolha por dar continuidade com a pesquisa em torno deste medicamento. Para isso, um novo teste será feito nos próximos anos - agora cum um grupo de 30.000 pacientes - com o objetivo de atestar os resultados em uma maior população e verificar a capacidade do medicamento na diminuição da incidência de ataques cardíados, AVCs e doenças cardiovasculares em geral.